Afastamento de Dilma abre controvérsia na manifestação da opinião pública
Por Kátia Cavalcante
Os burburinhos nas redes sociais não para. È a crise econômica, é o dólar em alta e a inflação explodindo os bolsos dos brasileiros. A maioria da população esta gritando em uma só voz: queremos o impeachment da presidente Dilma Rouuseff! A pressão popular tem sido intensa. Desde o seu segundo mandato, em janeiro, a presidente Dilma Rousseff tem sido pressionada por grupos que pedem seu impeachment. No ano passado, após a reeleição de Dilma, ocorreram manifestações convocadas pedindo sua saída.
Para alguns manifestantes a solução seria a volta da ditadura. Durante o primeiro pronunciamento da presidente em rede nacional neste ano, foi registrado um “panelaço” em várias capitais do país. Moradores apareceram em suas janelas para gritar palavras contra a petista. Existe base contra a presidente para que haja um impeachment? O CL fez uma enquete e entrevistou algumas pessoas que nos responderam a seguinte pergunta: “Você acredita no impeachment da presidente Dilma Rousseff? “Eu não acho que o impeachment seja a solução. Acredito que nós temos coisas mais importantes a fazer do que se concentrar no impeachment como se fosse a solução. O que importa é a governabilidade. Não existe prova que comprove alguma coisa contra a presidente. Se ela houve participação dela ou não. Não sou eu que irei decidir. Eu posso até ser contrário a algumas políticas do PT, isto não justifica o impeachment da presidente Dilma Rousseff.”,disse Victor Loureiro, subsecretário do Observatório Municipal de Nova Iguaçu. Segundo as redes sociais, alguns manifestantes convocaram para o dia 15 de março um protesto que pediu a saída da presidente do cargo. “Eu não acho que deva acontecer o impeachment. Eu vejo outros interesses supostamente apolíticos de acobertamento de outros interesses. Mas na democracia todos têm o direito de expressar sua opinião. O Brasil não é um país democrático, há um projeto de democracia. Na democracia todos devem exercer plenamente a igualdade. Não sou a favor do impeachment. Eu escolho esta presidente que aí está.”, comentou José Mauro, advogado e escritor. Para algumas pessoas este não é momento de um impeachment. “O impeachment é um instrumento constitucional. Tivemos um caso na história do país. Onde o ex-presidente Collor, pressionado por um processo de impeachment em andamento no Congresso e pela enorme pressão popular, acabou se afastando do cargo assumindo o vice e a vida republicana prosseguiu. A democracia brasileira absorveu bem este episódio. Lindbergh Farias foi um dos líderes do Movimento contra o Collor pela cassação. È hoje senador igual ao Collor e igualmente processado junto com o Collor. Essa é a democracia! Finalmente precisamos lembrar que a presidente Dilma está no governo há mais de dez anos. Sendo que nos últimos quatro anos como presidente da República. A reeleição foi construída encima de propaganda e estelionato eleitoral. Mas ainda assim é cedo para o impeachment.”,concluiu Jorge Gama de Barros, assessor da Secretaria do Governo do Estado.