Interesse econômico conduz proposta de redução da maioridade penal

Em meio a comentários e sem nenhum resultado definido a maioridade penal continua sendo uma discussão no Congresso. No último dia 1º de julho, houve muita tensão entre os deputados quanto a votação da maioridade. Um dos motivos é que a Câmara dos Deputados recusou a proposta da maioridade penal de 18 anos para 16 anos, isto no caso de crimes hediondos e outros delitos considerados graves. Houve uma votação apertada onde eram necessários 308 votos para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC), porém 303 deputados apoiaram a redução, 184 foram contra e 3 rejeitaram. Para que os nossos leitores fiquem mais informados sobre este tema o CL resolveu dar continuidade nesta edição à discussão sobre a maioridade penal e foi entrevistar a Dra. Cristiana Cordeiro, integrante da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas de Infância e Juventude (Cevij), Juíza Titular da 7ª Vara Criminal Nova Iguaçu e Mesquita.

“Com experiência de ter trabalhado com adolescente e  adultos foi possível traçar um panorama do que acontece com eles. Com o adulto, quando é uma pena, e com o adolescente, quando recebe uma medida sócio-educativo. Para quem estuda neurociência sabe que o adolescente tem uma formação diferente. Existem áreas ainda não preenchidas. Áreas de recombinações de neurônios que explicam o comportamento do adolescente. A ansiedade e uma apatia. Por isso, como uma causa penal de maioridade, o adolescente ainda não tem a formação completa. Em segundo lugar, um número muito reduzido de delitos é cometido por adolescentes. Dos vinte milhões de adolescentes que nós temos no Brasil, só 5% que cometem infrações. E dessa quantidade menos de 1% são infrações graves, ou seja, num país que é a 4ª população carcerária do mundo, colocar mais esse público em prisões de adulto não irá resolver o problema. Um outro fator é que na grande maioria o adolescente que comete uma infração foi aquele que teve privação de direitos, por exemplo, educação, saúde, saneamento, profissionalização etc. É simplesmente absurdo jogá-los em presídios ao invés de investir na melhoria do sistema sócio-educativo. É um atestado de nossa incapacidade de promover igualdade de direitos para todos”,disse a juíza Cristiana Cordeiro. Segundo ela, o sistema sócio-educativo precisa ser aprimorado e acima de tudo efetivado. “No momento em que nós tivermos um sistema para adolescentes funcionando como a Lei prevê, as questões como ineficiência das medidas no caso de adolescentes que têm muitas passagens certamente passarão a ser raras. Por fim, ao contrário do que a população vem sendo levada a acreditar existe um enorme interesse econômico por detrás da proposta de redução, pois há uma campanha para a privatização dos presídios a fim de que particulares passem a receber do governo um valor fixo por cada preso no sistema. Atualmente, avalia-se que cada pessoa presa custa ao Estado R$ 3.000,00 reais mensais. Se o tal investimento fosse feito em educação,saúde e formação de nossas crianças seríamos um país com mais igualdade social. No fim das contas, pelo perfil dos presos adultos e também dos adolescentes internados já é possível saber que a população carcerária continuará sendo composta justamente pelas pessoas que vivem em condições mais precárias de vida.”,concluiu Dra. Cristiana Cordeiro,integrante da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas de Infância e Juventude (Cevij),Juíza Titular da 7ª Vara Criminal de Nova Iguaçu e Mesquita.

 

 

 

Polícia Militar vem combatendo o tráfico de drogas

A polícia militar apreendeu no dia 8 de julho, na Rua Floresta Miranda, bairro do K11, Nova Iguaçu três elementos que portavam 260 sacolés de cocaínas, 45 pedras de crack, 215 sacolés de maconha. Os elementos foram conduzidos a DP e foram autuados no art.33 da Lei 11343/06 permanecendo presos.

Granada é encontrada no bairro do Paiol

Policiais encontraram na manhã do dia 8 de julho, uma granada na Rua Capitão Alfredo Antunes, bairro do Paiol, Nilópolis. Uma guarnição esteve no local e observou que a granada estava com pino e alça. Devido ao grande fluxo de pessoas que passavam por ali, para a segurança das pessoas a granada foi encaminhada ao 57º DP onde foi apreendido.

Segurança para Nova Iguaçu

O 20º Batalhão da Polícia Militar de Mesquita está fazendo um trabalho de qualidade na segurança dos bairros de Nova Iguaçu, Mesquita e Nilópolis. O Tenente Coronel Dantas tem atuado com a sua equipe de policiais na segurança da população. Vem ocorrendo repreensão de bailes funk irregulares no interior de comunidades, a exemplo Buraco do Boi.

Repórteres exercem dupla função

O Sindicato dos Jornalistas do Município e o Sindicato dos Radialistas do Estado neste mês de maio informou ao Ministério do Trabalho sobre o acúmulo de função de repórteres cinematográficos, que são pressionados a trabalhar como auxiliares de câmera, conforme denúncia da Comissão de Empregados. A Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto (Acerp) – fornecedora de conteúdo para a TV Brasil – e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) serão convocadas para mesa redonda na Delegacia Regional do Trabalho. Esta é a segunda vez que a Acerp é denunciada ao Ministério do Trabalho pelo Sindicato dos Jornalistas em menos de dois anos.

Direitos da Mulher completa um ano

Nilópolis comemorou no dia 27 de agosto com as superintendências municipais dos Direitos da Mulher e da Promoção de Igualdade Racial, o aniversário de um ano da Posse do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a entrega de certificados do curso Negras Criativas.

Palestra sobre deficiente visual no MAB de Nova Iguaçu

No dia 27 de setembro às 14hs, o MAB estará realizando uma reunião para pessoas com deficiência visual. O palestrante é Alexandre do Sindicato de Deficiente Visual do Rio de Janeiro.

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Empresas de rádio e TV recusam negociar salário digno para jornalistas

Os representantes das empresas de rádio e TV não apresentaram nenhuma solução na última rodada da campanha salarial, realizada na sexta-feira (06/06). Foram mantidas as cláusulas da proposta anterior,consideradas insuficientes pela categoria,que rejeitou em assembléia.