Cosméticos – Setor que se considerava imune já começa a sentir os efeitos da recessão
Os cuidados com a beleza não tem sido problema para a crise econômica. Já em outros segmentos do comércio varejista em Nova Iguaçu, a crise chegou para desestruturar a economia como já vimos na edição do dia 18. Porém a indústria de beleza não deixou de vender os seus produtos e nem mesmo os salões de beleza parou de atender a sua clientela. No setor de cosméticos as vendas não pararam. Mesmo neste momento de dificuldade financeira que o país vem atravessando as mulheres procuram produtos mais baratos, como esmaltes, tinta para o cabelo, batom, creme para hidratar o rosto e o corpo entre outros produtos. Algumas mulheres deixam de comprar roupas, mas não abrem mão dos seus cosméticos. Um dos produtos mais consumidos na área da beleza são os esmaltes, estes nem perceberam a crise.
Quanto aos salões beleza, vêm sentindo a crise aos poucos. Clientes que iam duas vezes ao mês para cuidar dos cabelos passaram a frequentar uma vez só. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Perfumaria e Cosmético (Abihpec),em 2010 a economia do país cresceu 7,5%,o faturamento foi de R$29,9 bilhões. Nesta edição o CL foi entrevistar o comércio do setor de cosméticos e salão de beleza. “A minha clientela é de um longo tempo. Continua fazendo à mesma coisa. Aquelas clientes que vinham fazer o cabelo duas vezes ao mês agora só fazem uma vez por mês. Inclusive as manicuras estão passando pelos mesmos problemas que nós, cabeleireiros. A freqüência no salão caiu aproximadamente uns 35%. Todo inicio do mês a frequência é maior, depois diminui. A crise realmente chegou nos salões de beleza. Estamos fazendo promoções e pacotes para chamar a atenção das clientes. As promoções têm dado uma segurada. A cliente paga um serviço e sai com dois. A estética está em promoção todas as terças e quartas-feiras. É desta maneira que estamos conseguindo levar o trabalho na área da beleza.”,disse Dudu Ferreira, cabeleireiro do salão Mauro Cabral, Nova Iguaçu. Para alguns comerciantes as vendas no setor de cosméticos tiveram uma queda. “De uns três meses para cá. O setor tem sido atingido com a crise. Somente a venda de esmalte e maquiagem não foi atingida de maneira tão forte. Os nossos clientes não deixaram de comprar, as vendas que diminuíram. A clientela continua comprando. Praticamente todos os nossos produtos têm uma boa saída. Estou otimista que isto irá passar. Espero que até o final do ano crise tenha passado e que nós tenhamos um Natal magnífico.”,falou Maria Alpino,comerciante da loja Alpino. Um dos setores que foi atingido com a crise é o de roupas de festas para festas. “A crise chegou e não quer ir embora. A partir de outubro do ano passado começou a dar sinais. De lá pra cá todos os setores foram afetados. As vendas caíram absurdamente. Os impostos aumentaram e recaíram nas mercadorias, isto é, em todas as mercadorias. Temos o aumento da luz, aluguel, água. Quando você compra uma mercadoria tem que pagar muitos impostos, enfim, quando chegam nas mãos do consumidor eles acham os preços altíssimos. As lojas estão fechando devido aos aluguéis que estão altos e isto aumenta o número de demissões. As vendas caíram aproximadamente entre 40 a 30% . Espero que o governo acorde para satisfazer os brasileiros. E o último que sair apague a luz. Queremos mudanças!.”,concluiu Linda Estrela, comerciante, Galeria Veplan.