Permanência ou não de Dilma Rousseff divide opiniões
Em meio a tempestade os brasileiros esperam pela bonanza. A falta de esperança e decepção tem deixado a população cada vez mais descrente com este governo, principalmente pela corrupção e falta de credibilidade. É a crise, a inflação, impostos, contas com valores altíssimos. Aonde os brasileiros vão parar com tantas cobranças? Como encontrar a solução para resolver o problema da crise política do país? O impeachment contra a presidente Dima Rousseff seria um processo favorável para solução de todos os problemas que o país vem enfrentando? Para responder estas perguntas a reportagem do CL foi entrevistou Jorge Gama Barros (assessor da Secretaria do Governo), Paulinho Leopoldo, (diretor do Colégio Leopoldo) e Sada Baroud David (professora). “Sou totalmente favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Ela foi escolhida pelo ex-presidente Lula, não foi pelo partido. O Lula ganhou autonomia para escolher a Dilma, do contrário o partido é que decidiria. O Lula precisava escolher alguém inteiramente subordinado a ele. Ela perdeu no primeiro governo a grande oportunidade de fazer conciliação com o país. Seguiu o receituário atrasado imposto pelo Lula. O receituário que já tinha gerado o mensalão e o petrolão que estava em andamento, mas estava abafado. Ela participou de tudo isto e então a questão das pedaladas, com significado diante do conjunto da obra, que é a corrupção que ela manteve e ampliou. Não podemos esquecer que nisto tudo está corrupção, em sua maioria na área de minas e energias, e principalmente da Petrobras onde foi presidente do Conselho o tempo todo. O impeachment se deve ao conjunto. O tempo todo houve corrupção. Ela perdeu a oportunidade de unificar o país e aprofundar a democracia, mas optou em aprofundar a divisão a favor do impeachment. O mais importante é a preservação da Constituição. Que ela seja respeitada”,disse Jorge Gama,assessor da Secretaria do Governo. Algumas opiniões são diversas, no caso do impeachment da presidente. “Estamos em plena discussão de Lula pelo poder. O PT estabeleceu um plano de poder de 20 anos e conseguiu cumprir treze anos e meio. Nesse período o PSDB encolheu e alguns partidos encolheram. Então, agora é a hora da retomada do poder. Eu vejo com bons olhos a presença dos partidos nanicos nas decisões. Observa-se que são oriundos pós-64, de Arena e MDB, de dois partidos criou esta pluralidade que tem hoje. Não estou discutindo méritos, estou olhando a democracia como um todo. Quem tem boa memória lembra-se de Ibsen Pinheiro que procedeu a cassação de Collor e o senador Jarbas Passarinho precedeu a cassação de Ibsen Pinheiro meses depois. Eu acho dificílimo a reversão do quadro da Dilma. Acho que ela vai cair e haverá o impeachment.Mas principalmente pela posição inflexível dela em certos pontos. Está querendo conversar com todos muito tarde. O Brasil vai mudar de mãos, mas precisa ficar vigilante”,disse Paulinho Leopoldo. Segundo ele, a presidente Dilma Rousseff criou a Lei 12.850 que institui a delação premiada, que é um instrumento investigativo. “A delação premiada foi criada pela presidente. Não esqueçamos do artigo 4º, e seus incisos e parágrafos da Lei 12.850. Espero que aprendamos a praticar também o que tanto cobramos aos nossos governantes”, comentou Paulinho Leopoldo. A situação em que o país se encontra tornou-se um momento de revolta e indignidade para a maioria dos brasileiros. “Eu penso que o impeachment não irá sair. Acho que o sistema de governo do Brasil vira as costas para o povo. Os próprios representantes não correspondem à missão deles. Eu acho complicado dizer ‘Eu sou contra a Dilma’, eu sou contra a hipocrisia do sistema político. Há quanto tempo estamos esperando a Reforma Agrária, a questão indígena brasileira, a Barragem da Samarco que rompeu em Mariana (MG) no Vale do Rio Doce e até hoje nada foi resolvido isto é, dentre outros problemas. Não é o impeachment que irá resolver o problema político,social, moral e ético. E muito menos retomada da economia. Neste momento o que se percebe é uma turbulência.”,concluiu Sada Baroud David,professora aposentada.