Paulo Santos – Um fotógrafo politizado do cotidiano
Imagens, cores e talento. Este é Paulo Santos, que vem dedicando a sua arte para fotografia. Nascido em Pernambuco, porém com sangue iguaçuano. Com um ano de idade veio morar em Nova Iguaçu com seus pais e ficou até aos cinco anos. Depois foi morar na Praça Mauá. Aos 14 anos retornou para a cidade iguaçuana onde vive e realiza seus sonhos e encantos no mundo da fotografia. A reportagem do CL esteve na residência de Paulo Santos para saber um pouco mais sobre a vida e os trabalhos desse profissional repórter fotográfico. “Profissionalmente eu comecei a trabalhar em 1982 com Antônio Duarte do estúdio Fotoni em Comendador Soares. Ele foi o meu ‘guru’, me incentivou a fotografar. Em 1985 comecei a trabalhar profissionalmente em Rondônia”. Em um momento no silêncio das palavras, Paulo nos diz que a fotografia é você parar o instante da história “É uma forma de você congelar um instante histórico”. Este fotógrafo sempre esteve compromissado contra o racismo e as desigualdades sociais. Criador de vários projetos como Ilustres & Anônimos. “ O que me levou a lutar contra o racismo e a desigualdade social é minha própria formação enquanto cidadão.O projeto Ilustres & Anônimos foi criado em 2004. É um projeto que tem a pretensão de homenagear as pessoas anônimas e dar visibilidade a personagens negros. Ele teve boa visibilidade como tem até hoje”. Valorizar os pontos turísticos e culturais da Baixada é uma das coisas que Paulo Santos sabe fazer com sua lente e seu olhar fotográfico. Cada imagem é registrada por este talentoso fotógrafo que tem preferência pela Baixada na hora de fotografar “Eu escolho a Baixada porque conheço muito bem e sempre trabalhei fotografando a Baixada Fluminense”. Paulo tem vários livros publicados. O primeiro livro foi publicado em 2000 Ilustres & Anônimos, depois vieram Nova Iguaçu Imagens da Cidade,Imagens Nova Iguaçu e neste ano publicou o livro Baixada Fluminense em Preto e Branco. “Neste livro Baixada Fluminense em Preto e Branco eu escolhi essa cor para dar sentido mais artístico ao projeto. O livro está no mercado e breve será lançado no município. O sentido de fotografar e registrar as imagens faz deste profissional se realizar na sua carreira a cada dia informando e clicando as imagens e os acontecimentos do cotidiano.”Ser repórter fotográfico é registrar o cotidiano como imprensa e outra comunicação”. Perguntamos a Paulo Santos quem é este homem com olhar tranqüilo e ao mesmo tempo pensativo. “Este belo tipo faceiro que você ver ao seu lado é Paulo Santos (rsrs...)”.