GREVE DOS BANCÁRIOS SUPERLOTA CASAS LOTÉRICAS
Sindicato garante que movimento é por tempo indeterminado
Uma greve com tempo indeterminado para acabar. A paralisação começou na terça-feira, dia 6, em todo país. Os bancários reivindicam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial no valor do salário míniimo calculado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos (Dieese) (R$ 3.940,24 em junho) , entre outras reivindicações de trabalho como melhores condições. A maioria das pessoas tem recorrido às casas lotéricas do centro de Nova Iguaçu para pagar as contas e tem enfrentado filas quilométricas. Alguns clientes usam o próprio caixa eletrônico das agências bancárias ou pagam as contas pela internet. A reportagem do CL foi entrevistar o coordenador Geral dos Sindicatos dos Bancários da Baixada, Pedro Batista, que nos falou sobre o motivo da greve ser por tempo indeterminado.
“Nossa data 1º de setembro já estartou a greve, porque os bancos não estão oferecendo nem a reposição da perda que é 9,75% e estamos reivindicando a perda e mais 5% de aumento real. Até agora a Fenaban ofereceu 6,5% e um abono de R$3.000,00 reais. A PLR é o mesmo modelo do ano passado. Por este motivo estamos em greve por tempo indeterminado aguardando uma contraproposta da Fenaban. A nossa greve é na crescente e esta é a primeira semana em Duque de Caxias e Nova Iguaçu. Se resolvermos vamos avançando”,disse Pedro Batista. Além das reivindicações por melhores salários existe também pelas demissões abusivas que vem ocorrendo nas agências bancárias. “De janeiro a junho foram demitidas seis mil bancários. Estamos reivindicando também melhores condições de trabalho, contra o assédio moral, metas abusivas, demissões imotivadas. Nos sentimos descartáveis devido a alta rotatividade. Eles demitem quem ganha mais para contratar quem ganha menos. No momento em que as pessoas que estão próximas da aposentadoria é o período que os bancos preferem demitir. Este é o momento em que nos tornamos descartáveis e passamos a ser somente números de estatísticas. Não estamos reivindicando somente pela parte financeira. Reivindicamos mais contratações para dar melhoria no atendimento ao público. Em contrapartida, os bancos insistem cada vez mais em tecnologia obrigando alguns clientes imigrarem para os meios digitais”.,concluiu a diretora do Sindicato dos Bancários da Baixada e diretora da CUT, Renata Soeiro.