Audiência Pública propõe saídas para salvar o Hospital da Posse
Uma luta contra o tempo para que o Hospital da Posse, que é uma referência em emergência na Baixada, não venha a fechar e continue atendendo a população. Os iguaçuanos estão passando por dificuldades na saúde e a precariedade já está atingindo os Postos de Saúde e também UPAS que se encontram fechadas em bairros da cidade. A procura por um bom atendimento tem sido um dos problemas para as pessoas que necessitam ser consultadas diariamente. Foi realizado na terça-feira, dia 27, no Centro de Formação de Líderes da Diocese,no bairro de Moquetá, uma audiência pública para tratar do problema do Hospital da Posse, cujo o tema: “Desafios e Perspectivas”.
O evento foi realizado pela Prefeitura de Nova Iguaçu e contou com a participação do prefeito Rogério Lisboa que foi fundamental para este debate,e o vice-prefeito Carlos Ferreira (Ferreirinha).Entre os convidados o secretário de Saúde Dr.Hidolberto Carneiro de Oliveira,o diretor-geral do Hospital Geral de Nova Iguaçu Dr. Joé Sestello e o deputado Estadual Luiz Martins. Segundo o prefeito, a sua prioridade neste momento é ir Brasília na busca por recursos para ajudar a manutenção do hospital. “Se essa pressão não surtir efeito, vai sair uma caravana da Baixada para pressionar o governo federal para liberar recursos”,disse o prefeito. Aproximadamente 400 pessoas estiveram no local,cerca de 88 representantes de várias entidades compareceram,como Movimento de Associações de Bairro (MAB),entre sindicatos e conselhos regionais da Saúde.O encontro contou com a presença do poder público e da sociedade civil. Segundo o Dr. Joé Sestello, diretor-geral do Hospital Geral de Nova Iguaçu,um dos problemas no hospital é a superlotação porque atende por uma população estimada em torno de três milhões de habitantes, entre doze municípios que integram a Baixada Fluminense.”Além de atender toda a demanda da Rodovia Presidente Dutra e o recém-inaugurado Arco Metropolitano. Outro problema é o de materiais e medicamentos,contando com atrasos em procedimentos cirúrgicos,a maioria dos pacientes atendidos é de cidades vizinhas. O prefeito Rogério Lisboa encontrou o Hospital da Posse totalmente desordenado por causa dos problemas financeiros que o município está vivendo e a falta do repasse da verba pelo Ministério da Saúde. O hospital atualmente recebe R$ 6,3 milhões,porém para manter o hospital seriam necessários de R$ 14 milhões. O HGNI tem recebido assistência da atual gestão que está preocupada em manter o hospital funcionando para atender a população. Entretanto, se não for reajustado o repasse,o Município terá que devolver o HGNI ao governo federal. O município solicitou ao Ministério da Saúde aumento de recursos,mas até agora não foi atendido. Em abril de 2002 foi assinado um termo onde o Hospital da Posse, que é uma unidade federal, passou a pertencer ao município A partir daí o hospital deveria ser custeado com 70% de verba federal, 15% estadual e 15% municipal,porém isto não vem acontecendo. Segundo a Prefeitura,o Estado não tem repassado a verba e nem o Ministério da Saúde paga os 70%. Na semana passada foi aberto um protocolo pelo Ministério Público a partir de um abaixo-assinado com 10 mil assinaturas de moradores de vários bairros,que não querem o fechamento do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI). Segundo o Ministério da Saúde,o SUS destina ao hospital R$ 12 milhões mensais mas irá assumir a gestão do hospital. Entretanto,o Estado afirma que nos próximos meses os repasses serão retomados,depois de firmado um pacto com os municípios da Baixada para intensificar o atendimento e amenizar o hospital.