Professores se solidarizam com merendeiras e faxineiras e marcam nova audiência com o prefeito
Uma manhã de tensão e descrédito na porta da Prefeitura de Nova Iguaçu. Foi dessa maneira que os profissionais do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) se sentiram ao serem impedidos de entrar para conversar com o prefeito Rogério Lisboa. No dia 13, os professores da rede municipal se reuniram em frente a Prefeitura e reivindicaram sobre os salários atrasados das merendeiras e do pessoal da limpeza. Uma semana depois 20 (quinta-feira), eles estiveram às 9h da manhã para uma vigília porque audiência que havia sido marcada para as 10h foi desmarcada pelo prefeito um dia antes. A reportagem do CL esteve no Sepe de Nova Iguaçu e entrevistou um dos diretores, Rogério Carmo que nos explicou o que acontece na porta da Prefeitura. Segundo o Sepe, eles foram impedidos de falar com prefeito. “A vigília começou às 9h da manhã em frente à Prefeitura. O prefeito Rogério Lisboa desmarcou a audiência um dia antes, por e-mail. Ficamos em frente ao portão para entrarmos. Ao tentarmos entrar fomos impedidos por seguranças da Secretaria de Ordem Pública que fizeram um cordão de isolamento na rampa. Novamente tentamos entrar nesse momento eles nos empurraram e trancaram o portão de ferro. Eles só abriram o portão para aquelas pessoas que iriam utilizar a agência bancária que se encontra dentro da Prefeitura. Nesse momento aproveitamos e entramos juntos com os clientes do banco. Quando entramos fecharam o acesso ao gabinete do prefeito. Então, fomos desacatados pelo responsável da Ordem Pública”,disse,Rogério Carmo. Segundo ele, após muita insistência foi remarcada uma audiência para o dia 3 de outubro, na Prefeitura no gabinete do prefeito às 10h. “Insistimos muito e remarcaram uma audiência para o dia 3 de outubro, no gabinete do prefeito às 10h. O pior é que o processo de licitação não tem previsão de ser concluído e a situação dos profissionais continua a mesma. Quero dizer que as merendeiras receberam uma parte do pagamento. Entretanto, o pessoal da limpeza ainda não recebeu e estão tendo que trabalhar como voluntários, sem salários e sem nenhuma segurança trabalhista. A Secretaria de Educação mandou uma nota para os diretores das escolas através do WhatsApp, com isso eles iriam ver quem está interessado em garantir seu emprego na empresa. Quero ressaltar quem perde com isso são os alunos da rede municipal que tem seu horário reduzido. E não há condições mínimas de saúde para trabalhar nesses espaços que não estão sendo limpos. É um tratamento desumano, a falta de higiene e limpeza. O estado de caos é tão grande que a rede municipal pode parar a qualquer momento. Isto não é por falta de professores, e sim por falta de limpeza. Em relação ao Fundeb a nossa pauta continua parada e nada foi resolvido”.,concluiu Rogério Carmo, um dos diretores do Sepe de Nova Iguaçu.