Jorge Gama diz ao CL que esta sucessão será diferente das anteriores
A cada eleição que se aproxima a população brasileira, como sempre, espera por mudanças e transformações. Em outubro teremos eleições e a sucessão estadual começa a agitar os meios políticos do Estado. Pelo PMDB, o candidato Luiz Fernando Pezão vem contando com todo apoio do Governador Sérgio Cabral e de toda militância do partido. Para oferecer aos leitores do CL um panorama das eleições para o Governo do Estado, este semanário entrevistou semana passada o presidente do Diretório Municipal do PT, Geraldo Bastos.
Na última quinta-feira,dia 6,o entrevistado foi o experiente Jorge Gama, atual assessor da Secretaria de Governo do RJ e figura de relevo do PMDB em âmbito estadual. Para ele “A sucessão de 2014 no Rio vai ser diferente das anteriores porque será mais disputada. São três candidatos que até agora mais se destacam : um senador,um ex-governador e um vice. Pezão,pode-se dizer, é o primeiro vice-governador que está tendo uma atuação muito relevante na gestão do Estado. È um vice que fala diretamente com a presidente da República. Já temos aí um referencial. O ex-governador Antony Garotinho é,sem duvida alguma, um vitorioso e tem uma presença muito forte na Baixada. Mas é preciso considerar que ele se isolou politicamente,partindo para o ataque com uma metralhadora giratória que pode se voltar contra ele.Garotinho passa a impressão de que vai se confrontar com o Governo Federal e isto, na cabeça do eleitor,aponta para um grande prejuízo para o Estado em termos administrativos. E digo isto porque hoje nós temos uma política consolidada que traz grandes benefícios para o Rio de Janeiro.” A respeito de Lindberg, Jorge Gama disse que a candidatura dele começa com uma grande contradição interna no PT. “Ele não é unanimidade. A trajetória política dele também é cercada de incoerências. Ele já foi do PCB,percorreu todos os escaninhos da esquerda e agora essas contradições começam a vir à tona. Foi aliado da Heloísa Helena no primeiro momento e, no interior do PT, logo em seguida aderiu José Dirceu. Devo assinalar, em termos administrativos, que a instabilidade econômica do momento não admite aventureirismos. E a gestão de Nova Iguaçu exercida por ele foi temerária. E por último, vale acentuar,acima de tudo,que com sua candidatura ele está contribuindo para a ruptura de uma aliança republicana entre o Estado do Rio e a União. Essa união,nos últimos oito anos, foi implementada pelo governador Sérgio Cabral. E a sua eleição para o Senado ele deve a uma aliança feita pelo PMDB.” Por fim, Jorge Gama comentou que o Estado do Rio encontra-se no momento em perfeita harmonia com o Governo Federal. “E o grande produtor de tudo isso na área de gestão e projetos para o Rio tem sido Pezão. E povo irá reconhecer em outubro essa trajetória dele. Relembrando, para terminar: no caso do Rio, nas últimas eleições, o PMDB cedeu a vaga de vice espontaneamente. Tinha força para ganhar sozinho.Estou esperando a eleição do Pezão.Nesse momento é fundamental para a consolidação do desenvolvimento do Estado de forma estruturada, sem populismo e aventureirismo.”