Falta d’água nos bairros justifica o contínuo protesto da população
Reclamações pela falta d’água passou a ser inútil para os moradores do bairro da Posse,em Nova Iguaçu. Há quatro meses eles vem sofrendo sem um pingo d’água nas bicas. Revoltados com a Cedae por essa situação os moradores resolveram, na última segunda-feira, 17, chamar a atenção das autoridades e fizeram uma manifestação em frente ao Hospital Geral de Nova Iguaçu,fechando a Avenida Henrique Duque Estrada Mayer. Aproximadamente 50 pessoas participaram da manifestação. A maioria foram mulheres que atearam fogo em pneus, sofás, galhos de árvores,peças de carro e madeira, bloqueando três ruas próximas ao local. Esse problema não vem ocorrendo somente no bairro da Posse. Alguns bairros mais próximos tem vivido o mesmo dilema: Cerâmica,Caioaba,Bairro Botafogo e Carmari entre outros. Para entender melhor o que esta acontecendo o CL esteve no local e entrevistou algumas pessoas que viram e outras que participaram da manifestação “Estamos sem água desde de dezembro. Ás vezes sai um pouquinho de água na bica, outras não. O que tem abastecido o salão é o poço artesiano do vizinho.Ele sede a água e isso tem nos ajudado muito.Até o nosso banho diário tem sido feito pela água do poço artesiano. A falta de água tem afastado a nossa clientela. Pagamos impostos e fazemos a nossa parte. Faltam os responsáveis fazerem a parte deles que é o abastecimento d’água.Antes da manifestação o Hospital da Posse estava sem água, não sei agora. Isso é um absurdo!”,disse Thaysa de Oliveira,assistente de um salão de cabeleireiro. Há dois meses atrás o CL publicou uma matéria mostrando a reivindicação dos moradores e comerciantes que moram na Av.Dr.Mário Guimarães,centro de Nova Iguaçu. Até agora nada foi resolvido. A revolta dos moradores do bairro da Posse não parou por aí “Nós usamos poço artesiano aqui no comércio. Mas de qualquer forma somos atingidos por causa do consumo de energia. Continuamos a ser prejudicados. Nossa conta já chegou a R$900,00 e R$1.000,00. Estou com esse comércio há 45 dias e tenho toda essa despesa por causa da falta d’água. Na verdade estamos numa falência que começa na autoridade.Eles não querem uma população educada. Só sabem impor as regras ao povo mas não cumprem as próprias regras. Eu pago R$980,00 de taxa de lixo anual e não vejo resultado.Imagine isso de cada cidadão!A cidade está entregue ao lixo.Na verdade a água é um somatório de muitos problemas que a população vem passando. Não tenho esperança de melhoria na cidade de Nova Iguaçu.Tenho vontade de me mudar.”,falou Elias Américo,proprietário de um self service,na Av.Henrique Duque Estrada Mayer,nº 940. Além do comércio, a falta d’água vem atingindo as escolas no local. “Desde o final de janeiro estamos sem água em casa e na escola. Todos os dias somos dispensados mais cedo da escola Estamos sendo prejudicados. Sem água não há condições de estudarmos.”,comentaram as estudantes que não quiseram se identificar. A manifestação foi realizada pelos moradores “Há quatro meses não temos água. Sou portadora de necessidades especiais.Tínhamos a esperança que a água iria cair.Mas isso foi nos cansando até darmos um basta! Demos um grito de socorro!Paralisamos a Estrada nos dias 15-03,17-03 e 19-03.Fizemos essa mobilização para chamarmos a atenção das autoridades. Nesse momento quem está nos fornecendo água é o Sr.Roberto,que tem um empresa em frente a minha casa.Todos os dias enchemos os baldes.Até quando precisaremos de socorro.? No dia 1º de abril, a partir das 7h da manhã vamos fazer uma paralisação. “A revolução dos baldes.Falta confirmar o local.”,concluiu Mirian Rosa,moradora do local.