Populares acusam aumento da violência em Nova Iguaçu
Assaltos,carros furtados,homicídios. Assim tem sido a vida da população da Baixada,principalmente de Nova Iguaçu que vem convivendo com esse terror quase todos os dias. A violência aumentou nos últimos anos e passou a não ter mais limites. Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP),houve um aumento nos casos de homicídios na Baixada. O crescimento foi 28,5% na comparação de janeiro a setembro de 2012, com mesmo período de 2013.
Um dos municipios da Baixada que mais tem se destacado com a violência são: Duque de Caxias, São João de Meriti,Nova Iguaçu e Belford Roxo. Para informar aos nossos leitores sobre a violência na cidade de Nova Iguaçu o CL foi às ruas para fazer uma enquête com algumas pessoas que já foram vítimas de algum tipo violência. “Os assaltos aqui são constantes.A praça Santos Dumont é o foco. Ali tem muitos cracudos.O filho da minha cliente foi assaltado às 11h. da manhã vindo do colégio.Nesta segunda-feira (24) a minha cliente foi assaltada indo para Via Light.Vivemos sobressaltados.Eu tenho que fechar o salão bem mais cedo.Isso está afastando a minha clientela,inclusive neste ano, no dia 9 de fevereiro, minha casa foi assaltada.Ainda bem que eu não estava em casa para não sofrer violência.Entrei em contato com as autoridades e nada foi resolvido. Quiseram cobrar a perícia mas não aceitei. Falta segurança por aqui. Cadê as autoridades que não fazem nada para melhorar? Precisamos de policiamento.Não agüentamos mais!”,disse Denílson dos Santos,proprietário de um salão de cabeleireiro. “A violência está crescendo a cada dia. Está tomando conta não só da cidade mas do mundo. Aqui em Nova Iguaçu ela está envolvida de várias formas na área política e familiar. Falta educação familiar. As leis que imperam no país são usadas para as partes desfavorecidas. Um exemplo é uma pessoa roubar para comer e ser preso. O outro é o político que participa do mensalão e nada lhe acontece. Por isso o crescimento da violência. Moro no Bairro Nova América e os assaltos acontecem todos os dias. Temos também os problemas das drogas que está em todos os lugares.Tem que acontecer uma reformulação nas leis e na educação.”,falou Paulinho Pontes,autônomo, compositor e intérprete de samba-enredo. “Por aqui pelo centro não tenho visto acontecer nenhum assalto até porque o policiamento está mais reforçado.Em compensação, no Bairro Antônio Melo,próximo ao mercado Intercontinental, as lojas e pedestres são assaltados todos os dias. Incrível é que a 52ª Delegacia é perto do bairro e nem por isso nos sentimos seguros.”,comentou Cristina Guerra, vendedora. “A violência cresceu muito desde que foram instaladas as Unidades de Policia Pacificadora (UPPs) nas favelas do Rio.Os traficantes se sentiram coagidos e vieram para cá. Temos percebidos que as mulheres são mais assaltadas que os homens. Até a violência doméstica deu um salto. Devido as denúncias a violência tem tido uma visibilidade maior.O bairro que eu moro é próximo a Estrada de Madureira e está muito violento.Há dias que eu tenho que ficar pelo centro. Não temos toque de recolher, mas evito chegar depois de meia noite. A violência tem aumentado assustadoramente. Para melhorar essa situação o poder público tinha que participar criando estratégias para que as pessoas possam se reconhecidas e valorizadas como cidadãos. O poder público tem que agir. Os espaços têm que ser ocupados.Não podemos deixar adolescentes e jovens desocupados. Tem que haver um centro esportivo para ocupar a mente desses adolescentes.”,concluiu Isabel Serra,vice-presidente do Movimento da Associação de Bairros (MAB),Nova Iguaçu.