Reforma do Ensino Médio abre debate entre diretores da rede privada
Mudança e preocupação tem sido o motivo para diretores e professores debater e criticar a reforma do Ensino Médio. Na quinta feira, 22 de setembro, foi oficializada a mudança. Segundo o presidente da República, Michel Temer (PMDB), e o Ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM), a reformulação do ciclo foi feita por meio de medida provisória. O Ensino Médio terá um currículo alterado tendo um horário integral nas escolas a partir de 2017. Segundo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), a meta estabelecida em 2015 era de 4,3, mas o índice ficou em 3,7.
O Ensino Médio é o que está pior, comparado às séries iniciais e finais da Educação Fundamental. Esta medida ainda está em tramitação no Congresso Nacional. A reportagem do CL esteve no Colégio Leopoldo para saber a opinião do diretor-executivo Paulo de Tarso Machado de Barros sobre a reforma do Ensino Médio. “Nenhuma proposta ditatorial tem durabilidade em frutificar. Temos alguns pontos importantes. Quais oportunidades de mercado de trabalho para o concluinte de Ensino Médio? Os cursos técnicos têm a mesma empregabilidade em todo território nacional? Existem regiões carentes especificamente de técnicos que na área não tem cursos de formação? Qual o levantamento técnico que o governo possui de curso para atender aquela área física territorial específica no Brasil? Em Búzios, Rio de Janeiro e Salvador, os cursos de turismo recebem ênfase nas áreas turísticas. E a hotelaria? E a gastronomia?. Segundo ele, existiu um curso na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro que funcionava no campus da Rural era o Centro Técnico de Educação (CETED). “Os cursos oferecidos aos alunos eram de agronomia.pecuária etc. Cursos que realmente condiziam com o nome da Universidade. Hoje em dia são tantos cursos que fogem até o nome da Universidade. Nas escolas estaduais técnicas, seus cursos atendem nossas demandas. Nós temos uma realidade a Escola Técnica CEFET em Santa Rita, sem nenhum meio de transporte de massa e sem nenhuma política de atendimento ao aluno. O Rio ficou, em termos de transporte de massa com acessos fáceis, o que não temos em nossa região. O Governo Federal colocou um monte de alunos no ensino superior e esqueceu o transporte. Não é só dar passe escolar. A casa se constrói pelo alicerce. Não dá para começar a construção da casa pela laje ou pelo telhado”,concluiu Paulinho Leopoldo.