Antônio de Pádua culpa omissão do poder público pelo alto índice de violência em Nova iguaçu
Insegurança, medo e perigo, é dessa maneira que a população iguaçuana tem vivido o seu dia a dia. Sair de madrugada ou a qualquer hora para trabalhar passou a ser desafio para os moradores da cidade de Nova Iguaçu que moram no centro e dos bairros como Miguel Couto, Vila de Cava, Austin,Cabuçu,Km 32 entre outros. A violência nesses bairros tem sido constante. Assaltos em carros particulares, ônibus, roubos de cargas no Arco Metropolitano e na Dutra (próximo ao Posto 13),na Via Light, transversal com a rua Otávio Tarquino, Nilo Peçanha, Dr.Barros Júnior, Cel Francisco Soares, Don Walmor.
A população grita pela paz! Cadê o Poder Público? Para falar sobre a violência a reportagem do CL esteve no Fórum de Nova Iguaçu, no Gabinete Itinerante da sala da OAB Fórum Estadual/Varas Cíveis (1ª Subseção-Nova Iguaçu/Mesquita) e entrevistou o vice-presidente Antônio de Pádua Won-Held com a seguinte pergunta: Como combater a violência urbana na cidade de Nova Iguaçu? “O que falta é a atuação do Poder Público na segurança pública, saúde, educação que é à base de tudo. A omissão do Poder Público está gerando esse índice de violência. Nós, da OAB Nova Iguaçu/Mesquita, estamos com as prerrogativas de palestras nas escolas públicas da nossa região explicando a criminalização das drogas e que ela pode causar dependência química, e posteriormente as penalidades legais quando o menor é apreendido em unidades para menores infratores que são verdadeiras ‘masmorras’ com super lotação e alimentação precária. Estamos tentando incutir na cabeça dos alunos que o uso de drogas e o crime não compensa nunca”,falou Antônio de Pádua. Segundo ele, foi montada uma comissão de diversidade de gênero. “Montamos uma comissão de diversidade de gênero, diversidade sexual, racial e a Lésbicas, Gays,Bissexuais,Travestis e Transexuais (LGBTQ+) que engloba todas as orientações e identidades,sem se especificar em apenas uma delas. Inclusive estamos tendo um apoio da prefeitura de Mesquita junto com a ‘Paulinha Única’,tendo inclusive admitido em seus quadros um guarda municipal ‘trans’ que através de palestra e com toda corporação mostra a igualdade de gênero. Pois a Baixada hoje,lidera o ranking de homicídios de transexuais”,comentou o vice-presidente da OAB. A violência não vem ocorrendo somente nas ruas acontece também dentro de casa. “Também estamos em conjunto com a Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM-Nova Iguaçu), para dar apoio jurídico às famílias e vítimas de violência contra mulher. Nova Iguaçu também liderava o índice de feminicídio que hoje, está sendo combatido pela delegada titular Mônica Areal (DEAM-Nova Iguaçu) com respaldo do juiz de Violência Doméstica Dr. Otávio Chagas de Araújo Teixeira (Fórum de Nova Iguaçu) e a juíza da 7ª vara criminal de Mesquita Dra. Cristiana Cordeiro de Faria, que vem combatendo exaustivamente a violência contra transexuais e intolerância racial e religiosa com o apoio do Decradi”,explicou Antônio de Pádua. Segundo ele,o delegado titular Gilberto Stivanello da (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos e Intolerância-Decradi), vem fazendo uma ação em conjunto com a juíza. “A juíza trabalha com o apoio do Decradi e as pessoas podem procurar esta delegacia com plantão de 24h na rua do Lavradio,155,centro do Rio de Janeiro, o telefone 2333-3509”,ressaltou o vice-presidente. Um trabalho atuante contra a violência na cidade vem sendo realizado pelo 20ºBPM-Mesquita. “O Tenente Coronel João Jacques Soares Busnello está fazendo um trabalho de visibilidade com as poucas viaturas que foram repassadas de contensão ao tráfico, tendo diminuído o roubo a pedestres e adjacências, sendo ele um comandante combativo,mas ao mesmo tempo humano. Toda primeira terça-feira do mês são realizadas na sede da OAB palestras com o Tenente Cel. João Jacques tendo como tema a violência na cidade. A OAB de Nova Iguaçu/Mesquita estará sempre presente ‘OAB Forte para Todos’,junto a população de Mesquita para atender no que for preciso e também junto com os cinco mil advogados associados”,concluiu o vice-presidente Antônio de Pádua OAB-Nova Iguaçu/Mesquita.